O trekking em Chiang Mai, foi a experiência mais marcante da nossa passagem pelo norte da Tailândia. Não sabíamos bem o que esperar dessa actividade, nem sequer estava na lista de coisas obrigatórias para ver ou fazer na nossa viagem.
O que esperar de um trekking em Chiang Mai?
Começou tudo, ainda no dia anterior, com um briefing. Conhecemos os nossos guias, que nos aconselharam levar um bom calçado de caminhada, lanterna, repelente, água e alguma comida.
Cada um pode colocar dúvidas e fazer as perguntas que entendeu e os receios da galera eram alguns, principalmente sobre bichos venenosos. No dia seguinte encontrá-mo-nos no local definido. Se tivermos receios em relação a uma aventura destas, o seguro de viagem da World Nomads, pensado para viagens de aventura e de mochilão, pode ajudar a relaxar.
O nosso grupo era composto por doze turistas e dois guias e todo o mundo estava muito motivado. Dali seguimos de minibus, uns no interior, outros no topo do carro. Na realidade, a aventura desse trekking em Chiang Mai começou bem antes de entrarmos na selva.
De qualquer forma, olhando para trás, e apesar de aparentemente não ter havido nenhum tipo de abuso sobre eles, hoje sabemos que, em regra geral, animais nessas actividades não são bem tratados.
Talvez não tenha sido correto alimentar essa industria mas, talvez, ocultar essa questão aqui seria ainda mais incorrecto. Hoje, em consciência, não aconselhamos ninguém a fazer um trekking em Chiang Mai, que inclua actividades com elefantes.
Assim, demos uma volta de elefante que, sinceramente, nos pareceu bem tratado. Infelizmente as bananas acabaram a meio do trajecto.
Foi então que o nosso amigo de 4 patas, descontente com a situação, decidiu usar a tromba para dar um espirro na rapariga holandesa, que seguia sentada no seu pescoço. Ela estava sentada à nossa frente e acabou por ser uma espécie de guarda chuva, pelo qual estaremos eternamente gratos.
Depois dessa aventura parámos num restaurante à beira da estrada. Almoçámos e, dois de nós, não estando nas melhores condições, aproveitámos o wc e tomámos um medicamento para prevenir qualquer processo biológico indesejado.
Continuando, já com a barriga cheia, lá seguimos para a segunda etapa, passando alguns arrozais ainda antes de entrar na selva. Ali chegados, e iniciando a caminhada num cenário luxuriante e cheio de vida, vimos tarântulas, “banana spiders”, cascatas e até provámos formigas, super ricas em vitamina C segundo o Lah, um dos nossos guias.
A noite na selva
Já ao cair da noite, depois de horas a andar e a absorver tudo aquilo, chegámos ao local onde iríamos dormir. Não era sequer uma aldeia. Havia apenas uma pequena habitação com uma pequena cozinha, uma estrutura maior para os gringos dormirem e comerem. Depois, com grande destaque, uma casa de banho com loiça, um luxo num sitio onde quase tudo é construído com os materiais que a floresta oferece.
Depois disso, já de barriga cheia, juntá-mo-nos à volta do fogo, com violas, aguardente de arroz e muitas changs. A noite foi passada a cantar clássicos e musicas Tailandesas.
A intensidade da nossa cantoria subia na mesma medida que a água ardente descia. Pelo meio, e ainda antes de ir dormir, o nosso anfitrião desceu até um pequeno rio, mesmo ali ao lado, lançou a rede e apanhou uma dúzia de peixes que voaram directamente para a fogueira. Indescritível!
No dia seguinte, todos lavamos os dentes no rio, tomámos o pequeno almoço e começamos o caminho de regresso. Estávamos com o animo em alta, mas arrependidos por ter optado pelo tour de dois dias e uma noite, em vez de três dias e duas noites.
Quando chegámos à fronteira da floresta, tivemos ainda a oportunidade de fazer um rafting, numa jangada bamboo, ainda antes de terminar a nossa aventura.
Infelizmente não nos é possível recomendar a companhia ou local exacto do nosso trekking, pois perdemos a nota. Mas há imensas opções e trajectos e, independentemente da tua escolha, ninguém deve ir ao Norte da Tailândia sem fazer um trekking em Chiang Mai.
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Nasci em 1982, cresci no Alentejo e, depois de 7 anos a viver em Coimbra, acabei por me estabelecer no Porto, onde vivo desde 2007.
Sou formado em filosofia mas, mais recentemente, estudei marketing digital. O que aprendi neste trajeto, aliado à paixão por viajar e pela partilha de experiências, motivou a criação e está na génese da Backpackers Bay. Um espaço onde vou partilhando as minhas experiências, algumas sugestões e dicas. Com o avançar do tempo espero conseguir cobrir todos os destinos que fui visitando, como a Tailândia, a Índia, o Cambodja, a Indonésia, a Tunísia, Marrocos, Espanha, França, Inglaterra, Suiça, Alemanha, Eslovénia, Grécia, Roménia, Bulgária, Turquia, entre outros, assim como aqueles que espero visitar no futuro.
Para além das viagens, sou um apaixonado por slackline. Aproveito para vos deixar um convite/desafio para conhecerem o meu outro blog: o All About Slackline e, quem sabe, para experimentarem a modalidade.
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