Esta cidade caracterizada pelo ocre, apelidada de “cidade vermelha”, repousa à sombra da cordilheira do Atlas desde o século XI, quando terá sido fundada. Ao longo dos seus mil anos de história foi colecionando apelos e encantos, que fazem dela uma das cidades marroquinas mais atraentes para os turistas. Jardins, Kasbahs, mesquitas, souks e locais com a praça Praça Jemaa El-Fna, o seu coração, são apenas algumas das coisas que podem constar de uma lista sobe o que fazer em Marraquexe.

O emaranhado de ruas e vielas semi-labiríntico, que liga os vários pontos de interesse, é em si mesmo uma atração. As ruas fervilham, com movimento e comércio, cultura e costumes e, no centro de tudo, está a Medina. Esta zona fortificada, considerada património mundial pela UNESCO, é a base para partirmos à descoberta do património cultural e histórico da cidade, que na maioria dos casos está ao alcance de pequenas caminhadas.
Para além daquilo que a cidade oferece, também pode servir de base para uma incursão aos desertos de Merzouga ou Zagora. A rota que atravessa a cordilheira do atlas é, também, um dos pontos fortes da cidade enquanto destino turístico. Locais como Ait-Ben-Haddou, Télouet e Ouarzazate devem ser considerados na nosso “bucket list” sobre o que fazer em Marraquexe.
O que fazer em Marraquexe: as principais atrações
Quando ir a Marraquexe
Se já sabemos tudo o que há para fazer em Marraquexe e já decidimos fazer a viagem, é tempo de descobrir a melhor altura para visitar a cidade. Marraquexe pode ser uma cidade muito quente e excessivamente concorrida por turistas, pelo que importa escolher bem.
Para evitar excesso de calor, que em algumas alturas chega aos 38ºc, e de multidões de turistas, devemos visitar a cidade idealmente entre março e maio e entre setembro e novembro.
Na primavera a temperatura média ronda os 25ºc e no outono 23ºc. A nossa opção foi esta última. Chegámos à cidade no inicio de outubro. O tempo estava bom mas, ainda assim, havia muitos turistas. Imaginar a quantidade de gente e sa filas para visitar alguns locais, em plena época alta, é um exercício que nem queremos fazer.
Onde ficar em Marraquexe
Há dois pontos incontornáveis para acertar no local da nossa estadia em Marraquexe:
- Ficar na Medina
- Ficar numa riad
Tendo em conta que a nossa lista sobre o que fazer em Marraquexe é composta, na sua maioria, por locais dentro da medina, é quase obrigatório encontrar um bom local deste perímetro. Poderemos ir a pé à maioria deles, o que nos vai poupar imenso tempo. Para além disso, vai-nos proporcionar uma experiência de viagem mais imersiva na cidade vermelha.
O outro requisito obrigatório, ser uma riad, claro. Este tipo de alojamento, com belos átrios abertos, alguns com piscina, com terraços para relaxar e desfrutar do pôr do sol, proporcionam uma experiência singular do modo de vida local.
Nós optámos por ficar na Riad Fabiola. O preço por um quarto do duplo, com casa de banho e pequeno almoço incluído, rondou os 45€ (aproximadamente R$240). Não foi barato mas Marraquexe também não o é e, tendo em conta que viajámos num grupo de 6, foi o consenso a que se chegou.
No que diz respeito ao hotel, em termo de localização é excelente, estando a 5 ou 10 minutos a pé da Praça Jemma El-Fna. É agradável, bonito, tem um belo terraço que foi possível usar quase em exclusividade e o staff é impecável. O senão é o barulho que se ouve nos quartos encostados às escada e alguns cheiros que, acreditamos, é causado pelas condições de saneamento deficientes.
Transportes em Marraquexe e como chegar à cidade
Como já referimos, a forma de explorar a medina é a pé. No entanto, devemos estar preparados para zonas labirínticas, em que o GPS é pouco preciso. Haverá circunstâncias em que seremos tentados a pedir ajuda a locais. Mas nesse caso, ou mesmo que sejam eles a oferecer a ajuda, saibam à partida que o favor será bem cobrado. Para além disso, desconfiem sempre que alguém vos diz que este ou aquele local está fechado. Estão, com grande probabilidade, a desviar-nos para um ponto onde recebem algum tipo de comissão.
Outra recomendação, principalmente nas ruas com mais gente, cuidado com os carteiristas. Bolsos de trás, de calças e mochilas, são alvos fáceis para os “amigos do alheio”.
Para visitar locais mais periféricos recomendamos os táxis. São relativamente fiáveis mas devemos garantir que o taxímetro é ligado. Se um taxista recusar recorram a outro. Também é possível negociar com um motorista um roteiro para um dia inteiro.
No que diz respeito a optar por ir de bus, boa sorte. São velhos, superlotados e pouco pontuais.
Por fim, mais do que uma alternativa recorrente, andar de charrete, pelo menos uma vez, poderá ser uma experiência interessante para alguns.
Existem várias hipótese para ir da capital portuguesa para Marraquexe
Avião:
As viagens demoram em média 4 horas e os preço dos bilhetes varia entre os 62€ (R$330) e os 190€ (R$1000)
Bus:
De autocarro a viagem é “monstra” chegando às 30 horas e os preços são semelhantes ou até mais caros do que ir de avião. É uma opção que não faz muito sentido.
Carro:
De carro são mais de 1200 quilómetros, com passagem de barco no estreito de Gibraltar. A viagem nunca custará menos que 16o€ (R$840) e pode chegar aos 300€ (+/- R$1600). Dependerá do consumo do carro, da categoria nas portagens e no barco. É um opção interessante para grupos e, acima de tudo, para quem vai com tempo de sobra.
Importa ter em conta que a polícia gosta de arranjar pequenos problemas para fazer “pequenas” extorsões. Aqui, o prato predileto são, claro, os turistas.
Aqui também existem várias opções.
Avião:
Um bilhete poderá custar entre 75 euros (R$400) e o dobro. A viagem demora duas horas e meia. Escusado será dizer que é a opção mais confortável.
Comboio:
A viagem que demora cerca de 3 horas, poderá custar entre 7€ (R$37) e 13€ (R$70). Há ligações a sair a cada hora e os bilhetes podem ser reservados através do site da ONCF.
Bus
A viagem demora cerca de 4 horas e o preço é semelhante aos dos comboios. Bilhetes podem ser comprados no site da CTM.
Carro
A viagem de carro demora cerca de 3 horas e terá um custo a rondar os 30 euros (R$160).
Alugar um carro: Para ser uma escolha acertada deveremos ter tempo de sobra para encaixar alguns imprevistos. A partir de Marraquexe são quase 200 quilómetros de estradas complicadas, com muitas zonas em obras e com condutores duvidosos. Deverá demorar cerca 5 a 6 horas a fazer a viagem.
Contratar carrinha e motorista. Quando estamos grupo de 5 ou 6 pessoas, contratar um motorista e uma carrinha exclusiva pode ser a escolha certa. Mantemos alguma liberdade mas temos menos preocupações.
Ir e voltar incluido num tour ao deserto de Zagora. Existem muitas opções, mais ou menos caras e luxuosas. É uma solução para quem viaja sozinho ou a dois, não se justificando alugar um carro ou um serviço como o anterior. Aqui, o transporte é feito em pequenos autocarros, com 17 pessoas. O trajeto e as paragens são rigorosas e dificilmente um motorista acede aos caprichos de alguém, mesmo que aflita para ir à casa de banho. É de lembrar que estas viagens podem demorar até 12 horas, em estrada de montanha e com muito calor. Mas valem a pena, é só para avisar. A grande vantagem são as paragens em vários locais interessantes, como o Kasbah de Télouet, um castelo no Alto Atlas e o Ksar de Ait-Ben-Haddou | O Alcácer mais bem preservado de Marrocos.?
Nota: Os preços dos bilhetes podem variar os tipos de transporte contam com várias opções, seja ao nível de escalas, seja ao nível de classes. Recomendamos a pesquisa de horários e preços.
Dicas úteis, não sobre o que fazer em Marraquexe, mas sobre o que não fazer
- Devemos estar sempre atentos aos carteiristas. Há muitos e alguns assumem formas inocentes, como a crianças inocentes. Não tenham nada de valor nos bolsos de trás das calças, nem nos bolso de fora das mochilas. Isto é particularmente importante é ruas com muita confusão.
- Evitar os restaurantes improvisados e numerados da Praça Jemma El-Fna, assim como aqueles que encontramos nos locais mais turísticos. Pagar mais raramente significa comer bem.
- Desconfiar quando locais nos oferecem ajuda ou para nos guiar. É certinho que no fim nos vão pedir um valor desproporcional ao favor que, na verdade, nunca foi um favor.
- Não comprar souvenirs nas ruas mais turísticas. Souks mais escondidos e afastados da praça Jemma El-Fna oferecem o mesmo tipo de produtos por preços mais vantajosos.
- Quando nos interessamos por algum artigo nunca devemos aceitar o primeiro preço. Devemos negociar bem os preços que, à partida, são muito inflacionados. Não valerá a pena dizer mas, ainda assim, lembramos que é de mau tom sugerir um preço que é aceite pelo comerciante e depois não comprar.
Outros artigos sobre o que fazer em Marraquexe:

Nasci em 1982, cresci no Alentejo e, depois de 7 anos a viver em Coimbra, acabei por me estabelecer no Porto, onde vivo desde 2007.
Sou formado em filosofia mas, mais recentemente, estudei marketing digital. O que aprendi neste trajeto, aliado à paixão por viajar e pela partilha de experiências, motivou a criação e está na génese da Backpackers Bay. Um espaço onde vou partilhando as minhas experiências, algumas sugestões e dicas. Com o avançar do tempo espero conseguir cobrir todos os destinos que fui visitando, como a Tailândia, a Índia, o Cambodja, a Indonésia, a Tunísia, Marrocos, Espanha, França, Inglaterra, Suiça, Alemanha, Eslovénia, Grécia, Roménia, Bulgária, Turquia, entre outros, assim como aqueles que espero visitar no futuro.
Para além das viagens, sou um apaixonado por slackline. Aproveito para vos deixar um convite/desafio para conhecerem o meu outro blog: o All About Slackline e, quem sabe, para experimentarem a modalidade.
Boa Viagem…