O Jardim Majorelle em Marraquexe foi um dos locais, entre aqueles que visitámos na cidade, sobre os quais tínhamos mais expectativas. Se é verdade que nos surpreendeu pela positiva em alguns aspetos, noutros pontos nem tanto. O espaço destaca-se, numa cidade árida e dominada pelo ocre, pelo verde luxuriante das mais de 3000 espécies botânicas que o compõem, por uma construção lindíssima e um museu berbere.
É, sem dúvida, um oásis em Marraquexe. Vale a pena visitá-lo, nem que seja para respirar e ver desfrutar de um local singular. Por outro lado, como menos positivo, é um local extremamente procurado. A quantidade de pessoas que o visita é excessiva e não permite que desfrutemos do lugar como seria desejável. Ali, relaxar e contemplar a natureza é um exercício extremamente complicado. A fila para entra é longa e convém chegar cedo, evitando passar mais tempo à espera do que a ver o jardim.
A história do Jardim Majorelle em Marraquexe
Este jardim, cuja popularidade não para de aumentar, tem uma longa história de evolução e transformação. O local onde foi construído foi adquirido, nos anos 20, por um pintor famoso pintor francês, Jacques Majorelle. Este idealizou a sua residência e o seu estúdio de pintura, enquadrados num belo jardim. A empreitada acabou por ser entregue ao arquiteto Paul Sinoir, que a materializou num estilo art deco, influenciado na cultura local.
Foi ainda nas mãos do pintro francês que o jardim se abriu ao público pela primeira vez. Mas seguir-se-ia a fase mais negra da história deste espaço. Com a morte do pintor, o espaço foi votado ao abandono para, mais tarde, voltar a ganhar vida.
Na década de 80 Yves Saint Laurent adquiriu o espaço que estaria destinado a tornar-se um hotel. Fez dele a sua residência e promoveu várias melhorias. Após a morte de Yves, o seu companheiro depositou ali as suas cinzas e converteu o local numa fundação. Hoje está aberto a todos e, para além do óbvio, podemos visitar um museu Berbere. Este, criado no antigo estúdio de pintura, expõe a coleção de arte islâmica do casal.
O que podemos esperar do Jardim de Yves Saint Laurent
Comecemos por aquilo que o nome sugere, os corredores intermináveis do jardim botânico, repletos de espécies de todos os tipos, ora belas ora estranhas. No Jardim Majorelle vamos encontrar recantos encantadores e, se nos alhearmos da multidão, podemos desfrutar de uma lufada de ar fresco na tórrida Marraquexe.
Além disto, é possível visitar parte da residência que se destaca pelas cores e pelos contrastes. É um local fantástico para tirar fotos magnificas. Por fim, temos o museu, onde podemos contemplar um bela coleção obras de arte islâmica. Este são os 3 grandes motivos que podem justificar uma visita.
O grande senão é, como já referimos, a quantidade de turistas que vamos encontrar. Se formos avessos a grandes multidões e filas, este local, tal como o Palácio da Bahia, devem ser evitados.
Horário do Jardim Majorelle em Marraquexe
- Entre os meses de outubro e abril, pode ser visitado entre as 8h e as 17.30h.
- Entre os meses maio e setembro, podemos visitá-lo entre as 8h e as 18h.
- Durante o ramadão, o horário estende-se das 9h às 16.30h.
O museu Berbere está aberto todos os dias, excepção feita quarta-feira, entre as 8h e as 18 horas. Durante o ramadão abre das 9h às 16.30.
Preço do bilhete para o Jardim Majorelle
A entrada no jardim custa cerca de 15€ e no museu cerca de 12€.
Localização e como chegar
O jardim fica a cerca de 3,5 quilómetros da praça Jemaa El-Fna. De taxi demorará entre 5 e 10 minutos, por cerca de 5€ (R$23). Também é possível apanha um shuttle bus, na linha 19, em direção ao aeroporto. No entanto, apesar de mais demorado, não será mais barato.
Veja também os guias:
- Palácio da Bahia, uma atração demasiado popular
- Praça Jemaa El-Fna, o louco coração de Marraquexe
- Palácio El Badi, em Marraquexe
- Mesquita Cutubia, em Marraquexe
- Old Delhi
- Jama Masjid
- O que fazer em Jaipur
- Amber Fort
- Varanasi a cidade dos mortos;
- Nascer do sol no Ganges, o rio sagrado da Índia;
- Varanasi Night Ceremony;
Nasci em 1982, cresci no Alentejo e, depois de 7 anos a viver em Coimbra, acabei por me estabelecer no Porto, onde vivo desde 2007.
Sou formado em filosofia mas, mais recentemente, estudei marketing digital. O que aprendi neste trajeto, aliado à paixão por viajar e pela partilha de experiências, motivou a criação e está na génese da Backpackers Bay. Um espaço onde vou partilhando as minhas experiências, algumas sugestões e dicas. Com o avançar do tempo espero conseguir cobrir todos os destinos que fui visitando, como a Tailândia, a Índia, o Cambodja, a Indonésia, a Tunísia, Marrocos, Espanha, França, Inglaterra, Suiça, Alemanha, Eslovénia, Grécia, Roménia, Bulgária, Turquia, entre outros, assim como aqueles que espero visitar no futuro.
Para além das viagens, sou um apaixonado por slackline. Aproveito para vos deixar um convite/desafio para conhecerem o meu outro blog: o All About Slackline e, quem sabe, para experimentarem a modalidade.
Boa Viagem…