É impossível pensar em Marrocos e não pensar em mercados (souks), artesanato incrível, vendedores chatos, e na muita paciência que é necessária para fazer um bom negócio. Ainda assim, este não deixa de ser um dos maiores apelos para os turistas que visitam a cidade. Por isso, impõem-se a questão, “qual é o melhor souk de Marraquexe?”.
Antes de mais nada, e para tentar contextualizar um pouco, a medina de Marraquexe, em si mesma, parece um Souk interminável. Ruas e mais ruas, entrelaçadas de forma semi-labiríntica, estão repletas de bancas de venda, tornando ténues as fronteiras entre os mercados. Nas bancas de venda perdemo-nos na oferta de artesanato, trabalhado de forma exímia. Nas ruas apinhadas de gente, os cheiros das especiarias, misturados com os cheiros das peles, juntam-se a um mundo de cores, para explodir nos nossos sentidos.
Visitar um souk em Marraquexe será talvez a experiência mais aproximada das expectativas temos. Não falta nada. O problema é que são muitos e com o tempo contado, convém escolher bem.
Então qual é o melhor Souk de Marraquexe?
A resposta certa dependerá sempre daquilo que cada um procura. Mas os mais populares são o Souk Haddadine, o Souk Attarine e o Souk Kdima, que abordaremos, um a um, mais à frente.
Para além destes, podem-se destacar, de forma resumida, os seguintes:
- O Souk Chouari, onde são comercializados cestos e afins.
- O Souk Kchacha, onde estão concentrados os vendedores de frutos e legumes secos.
- O Souk Zrabia, ideal para quem quer comprar um tapete. Ali podemos licitar tapetes berberes que são leiloados diariamente.
- Para quem procura sandálias e chinelos, o Souk Smata é o mais indicado.
- O Souk do antigo bairro judeu, em Mellah, dedicado a especiarias.
- O Souk Kumakhine, dominado pelos instrumentos musicais.
- O Souk Siyyaghin, onde tudo gira à volta da joelheria.
Souks de Marraquexe – Top 3
Souk Haddadine
O Souk Haddine concentra artesãos e comerciantes de artigos em metal. Ali vamos encontrar peças lindas, trabalhadas de forma sublime, como candeiros, janelas e mesas e tudo o que se possa imaginar. É uma perdição! Mas para além disso, podemos testemunhar os artesãos a pôr em prática a sua arte. O grande senão é o barulho do martelo que lhe a materializa num pedaço de metal.
Souk Sebbaghine ou souk das Titurarias
Este é um Souk dedicado a tinturarias. Comercializam-se peles e têxteis dos que podemos ver serem tingidos e pendurados a secar. É um espetáculo de côr. Convém ter conta, caso decidamos comprar alguma coisa, que ao lavar largam muita tinta.
Praça Rahba Kdima
No lugar de um antigo mercado de escravos, tem hoje lugar um dos souks mais peculiares de Marraquexe. Ingredientes exóticos, cuja finalidade é difícil de descortinar, ervas, remédios naturais e mezinhas, dominam as bancas de venda. Ali também podem ser encontrados animais exóticos à venda, o que é lamentável. Camaleões, tartarugas, entre outros.
Mas, para além disso, também podemos encontrar artigos mais comuns, como tapetes, cestos, almofadas ou tagines.
Dicas e cuidados a ter quando visitar um souk de Marraquexe
- Se pelo caminho algum local se oferecer para nos guiar, devemos esperar uma cobrança no final. Chegam a pedir 10€ e 20€. Se não queremos pagar não devemos aceitar essa ajuda.
- Devemos ter cuidado com os carteiristas, que abundam nestas ruas da cidade. Não ter nada de valor em bolsos de acesso fácil, seja em mochilas ou em calças e calções.
- Negociar, negociar e negociar o preços. Se pretendermos comprar algo podemos ter uma certeza absoluta: o primeiro preço vai ser super inflacionado! Há que levar o preço a baixar ao máximo, simulando desinteresse e virando costas se necessário. Mas se, na negociação, oferecermos um preço e este for aceite não devemos recuar. Devemos adquirir o produto. Fazer o contrário não é correto em Marraquexe, nem em parte alguma.
Nasci em 1982, cresci no Alentejo e, depois de 7 anos a viver em Coimbra, acabei por me estabelecer no Porto, onde vivo desde 2007.
Sou formado em filosofia mas, mais recentemente, estudei marketing digital. O que aprendi neste trajeto, aliado à paixão por viajar e pela partilha de experiências, motivou a criação e está na génese da Backpackers Bay. Um espaço onde vou partilhando as minhas experiências, algumas sugestões e dicas. Com o avançar do tempo espero conseguir cobrir todos os destinos que fui visitando, como a Tailândia, a Índia, o Cambodja, a Indonésia, a Tunísia, Marrocos, Espanha, França, Inglaterra, Suiça, Alemanha, Eslovénia, Grécia, Roménia, Bulgária, Turquia, entre outros, assim como aqueles que espero visitar no futuro.
Para além das viagens, sou um apaixonado por slackline. Aproveito para vos deixar um convite/desafio para conhecerem o meu outro blog: o All About Slackline e, quem sabe, para experimentarem a modalidade.
Boa Viagem…