A Lagoa do Fogo na ilha de São Miguel foi, sem dúvida, um dos locais que mais gostámos de visitar numa ilha onde a concorrência é feroz, com vários de lugares e pontos de interesse repletos de encantos muito próprios.
Com tudo aquilo que viemos a descobrir sobre o local, não é de estranhar que esta lagoa, um paraíso natural único, se destaque entre os principais cartões de visita do arquipélago dos Açores, ombreando com a super popular Lagoa das Sete Cidades.
A segunda maior e a mais alta, a Lagoa do Fogo na ilha de São Miguel, repousa na cratera do vulcão do fogo. Este, será o mais novo entre os seus pares e terá surgido à cerca 15 mil anos, na zona central da ilha. Trata-se formação geológica, capaz de impressionar os mais exigentes, entre os amantes da natureza. Ostenta uma flora endémica luxuriante que lha dá outro brilho e que caracteriza a Serra de Água de Pau.
A combinação de todas estas valências contribuiu para que fosse classificada como uma zona especial de conservação (uma reserva natrual) e integrada na Rede Natura 2000. Ingredientes que, todos somados, fazem da Lagoa do Fogo um dos pontos passagem obrigatória na ilha de São Miguel.
A paisagem e a vista do topo da cratera está longe de ser o único apelo para quem visita a Lagoa do fogo na ilha de São Miguel. Para os mais corajosos, há um prémio ainda mais gratificante. Descer do topo até à base, para ver a lagoa de perto, é um mergulho imersivo num cenário natural, quase virgem e intocado. Se a descida é convidativa, a subida nem tanto. Mas não se duvide, depois de desfrutar do cenário que encontramos lá em baixo vamos, certamente, encarar a subida totalmente renovados.
15 a 20 de minutos devem ser suficientes para chegar lá abaizo. Já para o retorno, com algumas paragens pelo meio para respirar, acrescentam-se uns 10 minutos. Poderá ser um percurso com troços um pouco sinuosos e ingremes, um pouco complicados para pessoas com menor mobilidade ou crianças em idade de colo, mas valerá a pena para a maioria.
Para além do óbvio, de ser um local lindo e tranquilo, permite tirar partido de tudo aquilo com alguma exclusividade. É que sendo a Lagoa do Fogo, na ilha de São Miguel, tão concorrida, verifica-se uma grande aglomeração de pessoas no topo, especiamente no miradouro junto à estrada, perto do parque de estacionamento. Felizmente nem todos se aventuram a descer e muitos deixam-se ficar por ali, entre selfies e conversa.
Lá em baixo, podemo-nos sentar e contemplar a paisagem ou percorrer trilho que nos leva até à praia, a que podemos dedicar algumas horas. Como lá em baixo não há nada, convém ir prevenido com snacks, água, chapéu, bem calçado e, claro, saber exatamente como está a nossa forma física.
Na verdade, confesso, um pouco sem fôlego, em alguns momentos deparei-me com pessoas na casa dos 60 anos e outras com crianças pequenas, especialmente estrangeiros, que pareciam dar um simples no parque, completamente à vontade com a exigência do percurso.
Dai que, mais do que dizer que não é recomendável para pessoas desta ou daquela idade, prefira sugerir o passeio a quem se sinta confortável com o desafio de ofegar um pouco e andar com precaução, até chegar à caldeira da Lagoa do Fogo na Ilha de São Miguel.
Como chegar à Lagoa do Fogo na ilha de São Miguel
A partir da Ribeira Grande para o Miradouro Sobre a Lagoa do Fogo
Partido da cidade, seguimos para sudeste através do Caminho da Todela, em direção à rua Pico das Freiras e viramos à esquerda para essa rua. Passado um quilómetro viramos à direita e, após 700 metros, à esquerda. Prosseguimos por mais 300 metros e chegamos a uma rotunda. Ai, seguimos pela primeira saída, para a rua da Assomada e estrada nacional 1-A1.
Depois de percorridos 2 quilómetros chegamos à estrada ER3-1, seguimos mais 300 metros e viramos à esquerda para a estrada EN5-2A. Passados 8 quilómetros, aproximadamente, chegaremos ao parque de estacionamento adjacente ao miradouro Sobre a Lagoa do Fogo, que dá acesso à lagoa. É possível que o parque de estacionamento esteja lotado e que seja necessário aguardar um pouco por uma vaga.
O melhor será sempre ir cedo.
Em alternativa, podemos contratar um tour que inclua esta e outras atraçãos. Há varias opções que pode ser consultadas aqui.

Nasci em 1982, cresci no Alentejo e, depois de 7 anos a viver em Coimbra, acabei por me estabelecer no Porto, onde vivo desde 2007.
Sou formado em filosofia mas, mais recentemente, estudei marketing digital. O que aprendi neste trajeto, aliado à paixão por viajar e pela partilha de experiências, motivou a criação e está na génese da Backpackers Bay. Um espaço onde vou partilhando as minhas experiências, algumas sugestões e dicas. Com o avançar do tempo espero conseguir cobrir todos os destinos que fui visitando, como a Tailândia, a Índia, o Cambodja, a Indonésia, a Tunísia, Marrocos, Espanha, França, Inglaterra, Suiça, Alemanha, Eslovénia, Grécia, Roménia, Bulgária, Turquia, entre outros, assim como aqueles que espero visitar no futuro.
Para além das viagens, sou um apaixonado por slackline. Aproveito para vos deixar um convite/desafio para conhecerem o meu outro blog: o All About Slackline e, quem sabe, para experimentarem a modalidade.
Boa Viagem…